Hugo Motta defende diplomacia para resolver tarifas dos EUA contra produtos brasileiros

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), manifestou otimismo com os resultados da participação brasileira na Assembleia-Geral da ONU, especialmente após o encontro entre os presidentes Lula e Donald Trump, que sinalizou possível reunião bilateral na próxima semana.

Diplomacia como solução para tarifas

Em entrevista coletiva nesta terça-feira (23), Motta defendeu o uso da diplomacia para resolver as tensões comerciais entre Brasil e Estados Unidos. "Eu sempre defendi que o diálogo, a diplomacia possa ajudar os nossos países, que têm relações históricas de centenas de anos, a resolverem esse imbróglio", declarou o parlamentar.

O presidente da Câmara enfatizou a importância de superar as divergências através do diálogo institucional. "Confio que, através do diálogo e da democracia, essa situação possa ser resolvida. Nossa soberania não tem discussão", acrescentou Motta.

Rejeição técnica de Eduardo Bolsonaro

Questionado sobre a decisão de rejeitar a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para a liderança da Minoria, Hugo Motta esclareceu que se tratou de critério estritamente técnico. Segundo o presidente, não há precedente na Casa para exercício de liderança por parlamentar ausente do território nacional.

"O deputado Eduardo Bolsonaro não está em território nacional e a Câmara não foi comunicada previamente sobre sua saída do País. É uma regra que vale para todos os deputados, inclusive para mim", explicou Motta, referindo-se às normas do regimento interno.

Agenda legislativa prioritária

A reunião de líderes desta tarde deve definir o cronograma de votação do Projeto de Lei 1087/25, que concede isenção de Imposto de Renda para rendas até R$ 5 mil. O relator Arthur Lira (PP-AL) já se reuniu com Motta e a ministra Gleisi Hoffman para alinhar a proposta.

Também está na pauta a Medida Provisória 1303/25, que estabelece novas regras para tributação de aplicações financeiras e ativos virtuais, com relatório do deputado Carlos Zarattini (PT-SP) podendo ser votado ainda hoje pela comissão especial.