CPMI do INSS prende ex-coordenador após 9h de depoimento contraditório

O ex-coordenador-geral de pagamentos e benefícios do INSS, Jucimar Fonseca da Silva, foi preso na madrugada desta terça-feira (2) após prestar depoimento por cerca de nove horas à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS.

Prisão determinada por contradições

A prisão foi determinada pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), que ordenou à Polícia Legislativa do Senado a efetivação da medida. A decisão baseou-se nas contradições identificadas pelos parlamentares durante o depoimento e na recusa anterior do ex-dirigente em comparecer às convocações do colegiado.

Primeira condução coercitiva da comissão

Jucimar compareceu à CPMI na segunda-feira (1º) após condução coercitiva autorizada pela comissão, sendo a primeira medida deste tipo adotada pelos parlamentares. O ex-coordenador havia ignorado duas convocações anteriores e foi acompanhado por um oficial de Justiça durante todo o processo.

Prorrogação dos trabalhos até 2026

Antes de anunciar a prisão, o senador Carlos Viana informou que solicitará a prorrogação dos trabalhos da CPMI até maio de 2026. Segundo o presidente da comissão, as investigações ainda apresentam desdobramentos relevantes que necessitam ser apurados para conclusão adequada dos trabalhos.

A prisão do ex-coordenador representa um marco nas investigações da CPMI do INSS, que busca esclarecer irregularidades no instituto previdenciário. Anteriormente, outro ex-diretor do INSS também não conseguiu explicar o aumento de descontos em massa.