O Tribunal Superior do Trabalho (TST) sediou nesta terça-feira (30) a assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho entre o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) e o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), evitando uma greve que estava prevista para a virada do ano.
Mediação evita paralisação
A categoria dos aeronautas - profissionais que atuam a bordo das aeronaves - havia aprovado indicativo de greve durante as festividades de fim de ano. Contudo, em assembleia realizada no domingo (28), os trabalhadores aprovaram a proposta construída sob mediação do Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Cejusc) do TST.
Principais conquistas da categoria
O acordo firmado contempla importantes benefícios para os aeronautas:
- Recomposição salarial pelo INPC mais ganho real de 0,5%
- Mesmo percentual aplicado em todas as cláusulas econômicas, exceto diárias internacionais
- Aumento de 8% no vale-alimentação
- Redução para duas monofolgas mensais a partir de julho de 2026
Papel institucional da Justiça do Trabalho
O vice-presidente do TST e coordenador do Cejusc-TST, ministro Caputo Bastos, destacou a importância do diálogo na resolução de conflitos trabalhistas. "Nós temos que praticar sempre essa cultura da aproximação para pacificar mais o país", afirmou o magistrado, reforçando que "a Justiça do Trabalho sempre estará aberta para mediar um conflito trabalhista".
O presidente do SNA, Tiago Rosa da Silva, agradeceu a mediação judicial que permitiu "evitar um colapso e conquistar cláusulas sociais importantes para a categoria". Já Roberto Hobeika, representante do SNEA, elogiou o suporte do tribunal no momento de impasse das negociações.